POEMA PRA O SONHO
O dia diluísse tornando-se noite,
E tudo se dilui em trevas,
Na escuridão dos sonhos,
Deparo-me com um facho de luz,
Luz de fogo de outras quimeras,
Estranhas quimeras que habitam os sonhos,
E nelas vê-se o fim da história,
Na poeira dos ossos,
Na perda do fôlego,
Na boca sem língua,
Na miragem dos olhos cegos,
Na inconsciência dos sonhos,
É possível ver a falsa realidade do dia,
Olhos aéreos e redundantes,
Sorrisos desenhados,
Zumbis falantes,
Andando pelo dia,
Em estranhos compassos,
Sem som algum...