MARCAS.
 
 
           São sutis, imperceptíveis 
      Lapidadas feito o ferro na bigorna
 Persistentes tal erosão na rocha ígnea
     Fortes igual a força das cachoeiras
     Abundantes como água da fonte
 
           Que marcas são essas?
  São  marcas dos amores vividos
        Dos projetos concretizados
           Da vida que se refaz
            A cada amanhecer
                 São marcas
          Das dores cicatrizadas
      Das renuncias não desejadas
          Das ilusões acolhidas
      Dos passos não caminhados
      São linhas das nossas vidas
Tecidas com fios da nossa verdade
   Companheiras até a eternidade