SOLIDÃO INVADIDA

Tão somente, num instante, o coração se parte,

Quebrando descontente o riso some num descarte,

Jogada fora essa alegria, descartável companhia,

Solidão invadida, vazia e sem sentido...

Vozes ouço e repito sem prestar atenção,

E durante tempos sem nexo permaneço no chão,

E me distraio vendo o mundo sem sua perplexa agitação,

Ao me deitar não durmo, me deixo invadir novamente, a sensação...

Neste eterno desejo de liberdade, caindo pelo céu escuro,

E a paixão de vida dentro de um baú,

Sete chaves perdidas, hoje não posso abrir...

Dúvidas me incomodam em cima de um muro...

Debatendo contra os sonhos que até já perdi,

E sonhando sonhar para não me perder...

E o baú trancado! Solidão preenchida...

E minha companhia... a vontade de esquecer...

E esqueço, porém, as chaves perdidas,

O coração junto a solidão preso com a dor,

E perdidos os sonhos de uma vida...

E permanecendo fechado o baú com o meu amor...