Sobe o pano...
Meu destino se faz de sol
Estrada muito percorrida
Sou forte, o norte, audaz
Sou capaz de lidar a lida
 
Sou deveras muito contente
E tão tranqüilo e satisfeito
Sorrio muito tão facilmente
Meu mundo é tão perfeito
 
Cai o pano...
Como a tarde triste sobre mim
Silêncios plenos me devastam
Imperam tristezas sem fim
As horas passam e me matam
 
Uma angústia dilacera e acua
A solidão se faz verdadeira
Sou uma sombra a errar na rua
Na realidade nada alvissareira
 
Cai o pano: vivo essa vida nua e crua
Sobe o pano: imito vida de brincadeira

(Poesia On Line, em 04/08/2010)
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 04/08/2010
Reeditado em 05/08/2021
Código do texto: T2418343
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