Sobe o pano...
Meu destino se faz de sol
Estrada muito percorrida
Sou forte, o norte, audaz
Sou capaz de lidar a lida
Sou deveras muito contente
E tão tranqüilo e satisfeito
Sorrio muito tão facilmente
Meu mundo é tão perfeito
Cai o pano...
Como a tarde triste sobre mim
Silêncios plenos me devastam
Imperam tristezas sem fim
As horas passam e me matam
Uma angústia dilacera e acua
A solidão se faz verdadeira
Sou uma sombra a errar na rua
Na realidade nada alvissareira
Cai o pano: vivo essa vida nua e crua
Sobe o pano: imito vida de brincadeira
(Poesia On Line, em 04/08/2010)