COLÓQUIO
O que tu queres ó minh’alma?!
O que te inquieta tanto?
Por que esse teu pranto,
Lânguido,
Sofrido,
Amargurado...
Como que lamentações?
Porque desejo amar sem medida;
Mas não encontro no limite,
saída...
satisfação...
nem lugar.
Estou perdida entre açoites
de sentimentos...
Na verdade são tormentos
que não me deixam sossegar.
Não sou finitude...
Sinto em mim mesma;
Ao mesmo tempo pequenina,
Confusa,
Sobressaltada,
Esmagada
Por meus próprios instintos vorazes.
Tenho faculdades:
Intelectiva,
Volitiva,
Apetitiva
E muito mais...
Sou o que sou...
Não nego...
Porém não sossego
Enquanto não encontrar a paz.
Não a paz que me apraz...
Porque incerta como eu.
Mas a paz...
Mais que desejada,
Querida,
Almeja,
Vinda da Vontade do Pai!