COLÓQUIO

O que tu queres ó minh’alma?!

O que te inquieta tanto?

Por que esse teu pranto,

Lânguido,

Sofrido,

Amargurado...

Como que lamentações?

Porque desejo amar sem medida;

Mas não encontro no limite,

saída...

satisfação...

nem lugar.

Estou perdida entre açoites

de sentimentos...

Na verdade são tormentos

que não me deixam sossegar.

Não sou finitude...

Sinto em mim mesma;

Ao mesmo tempo pequenina,

Confusa,

Sobressaltada,

Esmagada

Por meus próprios instintos vorazes.

Tenho faculdades:

Intelectiva,

Volitiva,

Apetitiva

E muito mais...

Sou o que sou...

Não nego...

Porém não sossego

Enquanto não encontrar a paz.

Não a paz que me apraz...

Porque incerta como eu.

Mas a paz...

Mais que desejada,

Querida,

Almeja,

Vinda da Vontade do Pai!

Frei Fernando Maria
Enviado por Frei Fernando Maria em 16/09/2006
Reeditado em 19/09/2006
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