IMPULSO
Quem bom que existe o impulso
Que não nos deixa culpar
Que justifica o fracasso
Protege-nos quando mentimos
O impulso. A mola dos que não tem cara
O culpado das fraquezas.
O guardião de paixões frias
Ele é a palavra na ponta da língua:
-- desculpe. Foi por impulso.
É sempre ele. Nosso amuleto ambulante
O grito contido no alto-falante
Bendito impulso que nos justifica lágrimas caídas
Ainda mais as vencidas...
Bendito dejeto de alma
Que se bem usado, ao remorso acalma
Então...
Desculpem-me se eu errar e ao mundo atrasar
Desculpe-me por te usar
É que eu não sei mentir e não queria machucar
Foi sem querer... E se preciso for
Meu impulso foi o causador!