...
Não me venha com seu discurso medíocre
fundamentado em dogmas, estou farta de mentiras.
Pare de me falar do que é delimitado e limitado,
Anseio o indefinido.
Não, eu não quero ouvir!
Meus ouvidos doem!
Sua “santa hipocrisia” me causa um mal incurável,
Meu corpo todo padece.
Sinto-me uma moribunda, cujo hálito que expira
Vida, há muito se foi...
Pare com este suplício!
Não tente me ludibriar com suas falsas e profícuas
Verdades, não as admito mais.
Em tempos remotos eu até engolia.
Hoje, suas toxinas são rejeitadas pelo meu organismo,
Em resposta eu as vomito.
Será que não percebe?!
Cansei da aparência, desejo com todo ardor a essência.
Ambiciono exacerbadamente o que habita atrás do pensamento.
Quero mergulhar nas profundezas do desconhecido.
Cobiço o que está além dos prótons, nêutrons, léptons e quarks.
Aspiro a vida assim: aérea como ela é...