...

Não me venha com seu discurso medíocre

fundamentado em dogmas, estou farta de mentiras.

Pare de me falar do que é delimitado e limitado,

Anseio o indefinido.

Não, eu não quero ouvir!

Meus ouvidos doem!

Sua “santa hipocrisia” me causa um mal incurável,

Meu corpo todo padece.

Sinto-me uma moribunda, cujo hálito que expira

Vida, há muito se foi...

Pare com este suplício!

Não tente me ludibriar com suas falsas e profícuas

Verdades, não as admito mais.

Em tempos remotos eu até engolia.

Hoje, suas toxinas são rejeitadas pelo meu organismo,

Em resposta eu as vomito.

Será que não percebe?!

Cansei da aparência, desejo com todo ardor a essência.

Ambiciono exacerbadamente o que habita atrás do pensamento.

Quero mergulhar nas profundezas do desconhecido.

Cobiço o que está além dos prótons, nêutrons, léptons e quarks.

Aspiro a vida assim: aérea como ela é...

Quelone
Enviado por Quelone em 27/07/2010
Reeditado em 14/06/2011
Código do texto: T2403096
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