TROCADILHOS
Eu tenho polvora na lingua
Eu tenho lingua
Farpas e ladainhas, tampouco eu tolero
Meu lastimo é gastrico, é orgânico
Seleto, meu paladar o é
Quando o que eu como não presta
Fermenta em mim
Eu maldigo nada
BOACUMBA é a tua láia
Do mau trocadilho que se empresta
Que mais valía pouco
E se exploda!
Minha graça e descontraída abusada
Eu quero o bem
O bem julgar
Eu quero avaliar a sua PONTA-RIA
Pois que ria você à sua graça
Palhaça.
Tribudia o quanto entender gozar
Olha que eu tenho...
eu até tenho empatia
Adoro a irónica colocada
Doelar? autolar, auto-lá?
O que me cabe é o ato
O ato, auto maior de caber
Mas outrora poesia, coube correto
Esse é o meu relato
Estás perdoado e eu nasci
O seu direito é poder se reinventar
RÁ.