No templo da minha Alma
Abandono o altar
do cálice da madrugada
despida de quase tudo,
vestida de quase nada
e semi-inerte
na coluna insustentável
do tempo, abandono-me
para me entregar
renascida por inteiro
ao coração dos versos
que ainda não escrevi,
no côncavo do templo
da minha alma.
Autora: Iza*Bel Marques
18/5/2010