Nova idade
E o mundo novamente faz meu corpo gritar
De uma forma ou de outra
Eu posso acabar me retraindo
Irei me contorcer até que eu perca o ar e morra
Se eu pudesse enxergar criticamente quem sou
Olhar do lado de fora sem precisar de espelho
Eu não espalharia minhas fotos pelo chão
Não procuraria uma marca semelhante em cada uma
Não veria o tempo passar lentamente
Dia após dia
Sinto que sou o que sou
Mesmo sem saber da verdade
Ouvindo o ponto de vista dos que peço opinião
Escutando tais apenas por obrigação
Não me diga exatamente o que vê
Nada faria sentido sem unir o interno e externo
Essa é a minha melôdia do inferno
Danço a mesma música dos dias de tempestade
Com trovões e lindos relâmpagos em minha mente
Me prometa não sair dessa escuridão sem mim
Ainda que promessas sejam uma lenda
Destinadas a serem quebradas
E a validade das coisas é muito relativa
Á intensidade de tudo o que eu posso aqui sentir
Troque de lugar comigo
Seja eu por um dia e descubra por sí como é ser o caos
Como viver entre a linha da sanidade e da bela prosa
Lentamente venenosa matando aos poucos
Apenas os loucos,meu amor
Isso é apenas para os loucos que não são poucos
O céu parece escuro enquanto as nuvens parecem feitas de fogo
E o ar me toca como água fria
Já a água me sente como a brisa do verão
Tudo assim ao contrário
Tudo caindo em contradição