A cidade, a minha aldeia e as diferenças

A vida na cidade é estonteante

E pesada no agitado da vivencia:

Na aldeia o ambiente é repousante

E dá paz e leveza à existência.

Na cidade a gente cruza-se, indiferente

Como se fosse uma maquina programada:

Na aldeia, o cidadão é amavel, quente

E a vida muito mais humanizada.

Na minha aldeia é puro o ar que se respira

Por entre o verde dos pinhais, purificado

Mas na cidade negro e pesado se aspira

Pois de fumos está poluído e saturado.

Na minha aldeia vejo em verdes prados

O bucólico gado em sua pastagem

Na cidade vejo alcatrão por todos os lados

E tudo o mais desvirtuoso para a paisagem.

Na minha aldeia tenho liberdade de passear

Pelos campos e de seu aroma encher a alma:

Mas na cidade vivo um constante atropelar

Que saturado pela agitação eu perco a calma.

E movido por esta alegria que me invade

Vou terminar dizendo à boca cheia:

Que o maior conforto de cidade

Não vale a paz da minha aldeia.

Alberto Carvalheiras
Enviado por Alberto Carvalheiras em 12/09/2006
Código do texto: T238635