A cidade, a minha aldeia e as diferenças
A vida na cidade é estonteante
E pesada no agitado da vivencia:
Na aldeia o ambiente é repousante
E dá paz e leveza à existência.
Na cidade a gente cruza-se, indiferente
Como se fosse uma maquina programada:
Na aldeia, o cidadão é amavel, quente
E a vida muito mais humanizada.
Na minha aldeia é puro o ar que se respira
Por entre o verde dos pinhais, purificado
Mas na cidade negro e pesado se aspira
Pois de fumos está poluído e saturado.
Na minha aldeia vejo em verdes prados
O bucólico gado em sua pastagem
Na cidade vejo alcatrão por todos os lados
E tudo o mais desvirtuoso para a paisagem.
Na minha aldeia tenho liberdade de passear
Pelos campos e de seu aroma encher a alma:
Mas na cidade vivo um constante atropelar
Que saturado pela agitação eu perco a calma.
E movido por esta alegria que me invade
Vou terminar dizendo à boca cheia:
Que o maior conforto de cidade
Não vale a paz da minha aldeia.