SER E NÃO-SER
SER E NÃO-SER
Por Rosa R. Regis
Natal/RN - 2000.
I
Desejo de me encontrar. Puro d e s e j o de ser:
É a Natureza a pulsar,
usando-me pra demonstrar que o Ser pode ser não-ser.
Meu intelecto me leva a pensar: ”Eu sou um“não-ser”
que foi um “Ser” no passado
e que hoje, transmutado, não é mais “Ser”, é “não-ser”.
E o não-ser, pra não ser Ser, é apenas material!
Do contrário, o não-ser é Ser,
pois tanto ele é Ser no físico como no espiritual.
Isso, pensando em ser vivo, o Ser Homem - o inteligente,
Que é um Ser Real, quando é.
E que, de forma transcendente,
quando deixa de ser um Ser ou se ainda vai nascer,
ele é SER só não se sente.
Pois não se pode toca-lo ou notar sua presença,
pode-se apenas pensa-lo como uma OMNIPRESENÇA.
e então, o não-ser vem a Ser,
mesmo que o homem não tenha capacidade de ver
nem sentir sua presença.
Mas, e o irracional?!
O animal que não pensa usando o raciocínio,
poderia ser um “Ser” na fase de ser “não-ser”?
Como poder se pensar
se poderá transmutar um ser de tão pouco tino?
II
Porém o Ser, ou não-ser,
não está apenas ligado a mais ou menos saber.
É algo bem diferente, que transcende ao que é real:
é o saber da Natureza
com toda a sua beleza... transmutando! É natural.
E a Natureza Impensante?... que não pensa, não tem tino,
como falar do não-ser... do Ser e da volta ao não-ser?
Ou seja: Do seu destino?
E aí entra o Divino, que é um Ser Transcendental
que tudo vê e tudo pode: do real ao irreal.
E para explicar o Ser, como também o não-ser,
Ele é fundamental.
O DIVINO é o COMANDO,
É o SER SUPERIOR que comanda os outros seres
do maior ao menor.
Inclusive o insensível, que se imagina indolor.
E no meu modo de entender, eu cheguei a conclusão:
“O NÃO-SER é sempre SER,
antes, durante e depois. Está sempre a transcender.
mudando apenas de forma, mas sem deixar de ser SER”.