Caminhos

Que caminhos a vida me destina?

Curvas sinuosas?

Longas trilhas verdejantes?

Nenhuma surpresa a cada esquina

Poucas lembranças saudosas...

E muitos dias entediantes...

Profunda e intensa... Uma folha ao vento

Será minha poesia sempre lamento?

Serei sempre... Um par de pegadas na areia...

Uma única taça na mesa à luz de velas, um único travesseiro sobre a cama?

Corroída por essa paixão que me incendeia

Aquecida por esse amor que é tênue chama

Até quando apreciarei o conforto da melancolia?

A Lua solitária como meu ser

A noite, o frio, o triste sorriso e a fantasia

O meu ser é um não-ser, inconformado em te perder

O Amor é um quase invisível fio que nos uniu

E brevemente se partiu

Assim, a escuridão é tudo que me conforta

Quando chega a noite e te vejo em mágicas miragens

Sonhos, do Amor imagens

Dor que me afoga; lâmina que a minha alma corta

E ao mesmo tempo me seduz

E a amar-te mais e mais me conduz.

(02/07/10)

Bob Regina
Enviado por Bob Regina em 16/07/2010
Código do texto: T2380539
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