Na palma da mão
Na palma da mão
Nos palmos da vida milímetros de tinta
Que a tela maior, fez a obra findar
Rasteiros desertos, carcomidas ceias
Terreiros de barro, amantes sem lume
A lua se cala, o mar evapora
A poesia chora, pedaços de mim...
O amor dita a hora
Caminhantes para fora
Negando a ausência, morrendo assim.
Nos palmos da vida, pedaços de mim.
A palma aberta...
Fumaça de cores, do fogo, os amores
Que queimaram sem fim
Pingando fumaça, embaçando a vidraça
Matando sem pena
O amor que teci...
Se for brincadeira, tiraram a cadeira
E na roda da vida,
Caímos sem fim.
Márcia Poesia de Sá