MARIA

Vou entrar num túnel onde o tempo não tem idade

Para buscar a liberdade que até hoje nunca achei

Essa louca sensação que até hoje apenas imaginei...

Vou buscar a lua perdida das noites

De um tempo que não consigo recordar

Até achar o deserto onde brota água dos olhos de uma mulher

Mãe de todas as nações

Que embala gerações de dor

Sem remédio para curar a ferida, a jazida de uma mina

Que não tem ouro nem prata pra cunhar

Ver a imensidão de gentios

Caminhando para lugar nenhum

Entre gestos místicos de adoração para um deus invisível

Coisa mais incompreensível para quem não sabe o que é amar...

Ser a dor de um passarinho de asa quebrada

Que quer, mas não pode voar

Abrir as asas, pelo menos...

Para o teu irmão abraçar

Irmão de caminhada que apredejaste

Depois de alcançar a vitória

E depois achar a mulher no deserto

Dos olhos de quem brota sangue e não mais água

Pela ingratidão dos filhos

Que sempre se conheceram

Mas nunca se amaram

Pois não conseguem tirar amor do coração

Tão fácil diante DE ALGUÉM QUE ENSINOU A ACHAR ÁGUA NO DESERTO E SANGUE NAS

LÁGRIMAS...

JANA CRAVO
Enviado por JANA CRAVO em 12/07/2010
Código do texto: T2373171
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