Eu digo adeus
Eu digo adeus a esse luxo que sobrevive graças ao lixo que muitos de nós somos obrigados a engolir.
Eu digo adeus a essa droga de poder, que a todos fazem réfem.
Eu digo adeus a essa massificação danada que nos fazem parecer quase nada.
E digo adeus a essa enganação que políticos corruptos nos enfiam goela a baixo.
Eu digo adeus a essa exploração e extorção.
Digo adeus a repressão da opressão culpada por minha depressão.
Eu não quero mais saber de exploração.
Chega de papel valer mais que gente.
Chega de vidas sendo roubadas e atiradas aos porcos e cães.
Eu digo adeus a toda hipocrisia que diz que tudo está uma maravilha.
Pois, sim que as coisas estão melhorzinhas, mas muito falta para que tudo realmente se transforme.
Muito falta para que toda treva desse mundo se transforme em luz.
Eu digo adeus a hipocrisia que nega o sofrimento de meu irmão.
Eu digo adeus a essa opressão que tenta calar meu coração.
Vamos dizer adeus a desigualdade e lutar por igualdade.
Vamos falar de justiça, vamos correr atrás dela.
Vamos tratar todos como iguais e vamos fazer desse mundo um mar de alegria.
Mas, para tanto digamos adeus a todo mal desse mundo.
Acabemos com o individualismo, chega de pessoas morrendo em guerras sangrentas e violentas.
Chega de pessoas querendo se dar bem nas costas de outras pessoas.
Eu digo adeus a toda essa porcaria de moda, massificação e mecanização.
Eu sou gente e não preciso de roupa de marca, nem de celular último modelo para ter uma identidade.
Eu sou o que sou, doa a quem doer, e digo com firmeza: adeus a toda essa hipocrisia, não quero saber de padrão, eu sou eu e não importo com o que digam.
Adeus mundo de massa, mundo de máquina.
Adeus mundo cruél, superficial e artificial.
Eu quero a beleza da minha diferença e a certeza do que eu acredito.
Eu quero a perserverança no que tanto acredito.
Eu quero apenas romper com toda essa sujeira e dizer: que tudo vá para o inferno, eu só quero o direto de ser poeta e viver como poeta.
E o resto? O resto, bem, o resto que se foda, que eu só quero a dor e a alegria de ser do jeito que sou, só isso e nada mais e nada menos do que isso.