O amor demanda uma doutrina
De atenção e despojamento
E a todo momento
Cobra o despreendimento
Da real e dogmática
Razão...
Mas o coração
Não admira nada alem
Do inesperado 
Ou do  quimérico,
A sobrevoar a emoção
Na contrição
De amar-te em demasia...

E é na poesia
Na paixão, na vida, no mar, nos sonhos
Que ele inventa o dia-a-dia, a hora-a-hora,
De te cortejar por uma eternidade
Mundo afora...
De um ínfimo querer
Damejado,
Aos píncaros da glória.