O cego (ou Do amor)
O perto se tornou distante,
O que era perfeito,
Não é mais,
E o que não estava nos planos parece que veio pra ficar...
Cego, não de “cegueira branca” (pois assim queria eu),
Perco o controle no final de cada encontro,
Esqueço do roteiro, e jogo-te desafios...
O tato é uma necessidade...
É difícil pra você?
Feche os olhos e deixe-me guiar,
Caso seja bom, continuamos até nossa pele perder a elasticidade,
Caso seja ruim, tentamos; e ao acordar, iremos rir, dar tchau, e seguir...
Queria não sentir às vezes,
Mas sinto, sinto tanto que me atrapalho,
Nas palavras, gestos,
E apenas no silêncio é que podíamos dar certo.