“ O que será...
O que não tem remédio nem nunca terá
O que não tem receita”
[O que Será (À Flor da Pele), Chico Buarque, 1976]
A dor e a delícia de viver
Na força de renascer
A inquietação de existir
Os azuis desse mistério
Escuridão infinita
E penumbra do desconhecido
O que será que é que tem de ser?
Mais que isso, vida, mais, muito mais...
Ou bem menos, talvez menos
Meu destemor diante do tempo
E a indiferença diante da morte
O que será essa pouca poesia
Que me escorre por palavras
De qualquer inevitável pensamento?
E esse olhar de além dos horizontes
Saltando os muros de meus medos
Esse sorrir raios de sol
Em improváveis amanheceres
Esse alentado entardecer
Anunciando só o cair da noite
Com o estrondo de trazer silêncio
Esse silêncio que se apodera de tudo
E esse amor reconhecível em tudo
Um mal para que não se tem remédio
Nem cura possível, e nem receita
Esse mal que é um bem
Contentamento descontente, sim
Ferida que dói e não se sente
Que sentimos querer tanto sentir
E que sentimos mesmo sem querer
O que será?
(Poesia On Line, em 19/06/2010)
O que não tem remédio nem nunca terá
O que não tem receita”
[O que Será (À Flor da Pele), Chico Buarque, 1976]
A dor e a delícia de viver
Na força de renascer
A inquietação de existir
Os azuis desse mistério
Escuridão infinita
E penumbra do desconhecido
O que será que é que tem de ser?
Mais que isso, vida, mais, muito mais...
Ou bem menos, talvez menos
Meu destemor diante do tempo
E a indiferença diante da morte
O que será essa pouca poesia
Que me escorre por palavras
De qualquer inevitável pensamento?
E esse olhar de além dos horizontes
Saltando os muros de meus medos
Esse sorrir raios de sol
Em improváveis amanheceres
Esse alentado entardecer
Anunciando só o cair da noite
Com o estrondo de trazer silêncio
Esse silêncio que se apodera de tudo
E esse amor reconhecível em tudo
Um mal para que não se tem remédio
Nem cura possível, e nem receita
Esse mal que é um bem
Contentamento descontente, sim
Ferida que dói e não se sente
Que sentimos querer tanto sentir
E que sentimos mesmo sem querer
O que será?
(Poesia On Line, em 19/06/2010)