Deserto de Areia

Me vejo num deserto,

Onde o homem é a própria Areia...

Que com o tempo se espalha ,

Povoando o silêncio que me rodeia...

O que antes era vivo,

Agora passa a ser Inanimado...

Apenas o calor do vento,

E a frieza do orvalho...

O que deveria ser coração, vira pedra,

O que poderia ser luz, vira treva,

O que deveria ser sentimento, vira sela...

A solidão vira tormento,

A sede se transforma, em desejo incontestável...

À noite, impiedoso relento,

Traz para a alma, fome interminável...

E em meio a essa paisagem, o vazio,

Que em mim tranforma-se em lágrima...

É a prórpia Terra imersa no cio,

Sem Brilho e sem Mágica...