A Imprecisão do Tempo
Horas tão imprecisas me trazem
Uma impressão de coisas erradas
“eu” dentre o tudo e o nada
Lançada
Em sonetos soltos
Numa trilha longínqua
É um “ meio que” seguir
Sem ter noção de caminho
E me vejo lenta, sem tendas
Nem ensejo
Em consentir à vida correr
Sem surpresas nem risos
E demasiado tarde
Já não há volta
Nem resposta nesse ermo do dia
Definitivo em que me elevo
E prossigo
Espalhando flores
Sem nunca ser primavera