" VIVER "
Conjugas o verbo viver! Eu te digo!
Pesquisa e acharás todas as suas conjugações.
O acharás no indicativo, conjuntivo e imperativo.
O acharás no passado no presente e no futuro.
O acharás em teu idioma e em outro qualquer.
Tu somente não o acharás em mim.
Este verbo conjugado, tão puro e respeitado,
em mim não tem valor.
Este verbo perfeito, em mim imperfeito,
jamais o acharás.
Este verbo e conjugação e eu não.
Eu sou eu mesmo em todos os tempos,
em todas as minhas conjugações.
Sou meu próprio idioma, minha própria
memoria de meu próprio gerúndio,
não tenho essas regras nem leis.
Sou somente uma exceção a regra.
Sou minha própria regra,
sou meu próprio verbo.
Sou vivo e vida, que viver é ação
e não conjugação.
Viver é o tempo que não se pode perder.
Viver é aquilo que não me deixa morrer,
em todas as línguas, em todos os tempos.
Por isso só vivo e me conjugo a mim mesmo,
deixando esperança a quem a si próprio quiser
conjugar-se após mim.
“ VIVER É O VERBO, MORRER É
CONJUGAR-SE NO TEMPO DO INFINITO “