Se eu morrer agora,
Nesse instante
Se eu enlouquecer
Se eu esquecer
Minha pessoa
Meu nome
O nome dos meus
Se eu desvairar
E andar a errar
Por aí a esmo
Se eu nem souber
Quem eu sou
Quem eu fui
De onde vim
Para onde vou
Se não souber nada
Se não souber tudo
Se não souber mesmo
Que lástima que será
Ser sem saber...
Não saberei de cores
Não saberei de céus
Não saberei de amores
Nem de ventos saberei
Não saberei horizontes
Não saberei estradas
E nem os passos que dei
E nem sei o que não saberei
 
Se nada disso, entretanto
Vier a acontecer (que bom vai ser!)
Ama-me bem agora de mansinho
Calma e tranquilamente, imensamente
Ama-me que a vida vai vagarosamente
Com o tempo sempre diminuindo
O tempo que a vida deu pra gente
Se nada disso, portanto
Vier a acontecer (que encanto vai ser!)
Ama-me porque nós não sabemos
Se o tempo vai parar de correr...

(Poesia On Line, em 10/06/2010)
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 10/06/2010
Reeditado em 07/08/2021
Código do texto: T2312231
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