Droga, eu não sei fazer poesia.
Desde então que eu não sei definir o que é essa sede.
Essa sede de Paz.
Essa sede de Aventura.
Essa sede de Viver.
Tudo o que um dia eu pensei e tudo o que um dia eu fui, passou.
Hoje eu sei, eu sou de verdade.
Nenhuma vaidade vai me destruir.
Nenhum vício vai me parar.
Nenhuma virtude vai me iludir.
Ontem passou e amanhã não sei.
Sei que sei, e sei que sou.
Sou eu mesmo, e vou que vou.
Sorte aberta, vento soprou.
Minha vida em águas rasas,
Longe do que um dia se quebrou.
Espelhos de palha,
Sorte.
Nuvens de pedra,
Morte.
E Lucho continua a caminhar nos passos de Marcos.
Ele continua andando.
Continua procurando a hora certa.
Continua pedindo a Deus.
Continua em dois Mundos.
Continua sendo separado por si próprio.
Continua sendo o que é.
Continua dando o seu melhor.
E nessa rima, nesse compasso.
De dia, de noite, passo.
Sei que não rima, mais sei o que faço.
A noite um dia, de dia palhaço.
Peço desculpas e também abraços.
Droga, eu não sei fazer poesias.