QUANTAS PALAVRAS!

Fico sem saber, das minhas palavras, o destino,

Pois andejam assustadas com a vida que ainda não escolhi.

Transmutam-se à minha necessidade e continuam em desalinho,

Jogam-se em meu caminho acreditando que não as percebi.

Palavras, lavras, composições exclusivas de meu solilóquio poético,

Concedem-me a sorte de um pensar um tanto cético, logosófico.

Palavras, descrevem o abstrato do que antes era tétrico,

Assimétrico pensar filosófico.

Palavras, tantas vezes mudas, caladas, sufocadas na garganta,

Em minhas mãos inquietas, na ponta de um lápis absorto, estático;

Simples, compostas, expostas, palavras tantas, palavras quantas,

Quantas palavras! a vagar num fatídico entardecer enfático.

>>KCOS<<

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 08/06/2010
Código do texto: T2306852
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