Versão
Chega de ser eu, eu me enjoei.
Acho que às vezes é bom mudar de jeito,
Mudar as saídas, as manias, trocar de receios.
Arrumar problemas novos, desistir de soluções antigas.
Quem sabe desse jeito eu me encontre
Nos armários infinitos de minhas personalidades,
Eu esbarre no que eu quero ser de verdade,
E enfim descubra qual a máscara adequada ao que sou.
Mas se não for assim, sem problema,
Vou olhar pra alguma coisa que eu ache interessante
E que me faça me sentir bem, por algum instante.
Já é mais do que o “eu” de atualmente é capaz de fazer.
Hora de percorrer esses corredores de fantasias.
Esse imenso guarda-roupas do que eu posso ser.
Essa capacidade enorme de aparecer ou me esconder.
Qual versão de mim será capaz de satisfazer dessa vez?