Para não dizer que não falei de borboletas
Elas cintilam e tingem céu.
Levitam, pairam entre os véus.
No doce suspiro da brisa.
Ela se apega ao vento e o alisa.
São azuis, verde, vermelhas.
Exóticas, com desenhos de centelhas.
Ou simplesmente a amarela.
Das muitas cores que fazem a aquarela.
Passam tempos bem dispersas.
Omissas, só, radicadas.
Em seu íntimo ficam imersas.
No casulo, no quartil são preparadas.
Com a beleza, saem em asas.
Todas providas de suavidade.
Vão ao mundo e deixam suas casas.
Com toda a jovialidade da puberdade!
São as donas dos olhares.
Provocam suspiros e encantos.
Para todos e em todos os lugares.
Por isso a admiram com espanto.
Uma beleza exótica e singular.
As adjetivações são até redundantes.
Para a dama que paira no ar.
Uma linguagem deliciosa e estonteante.
Bom para não dizer que não falei das borboletas...
Essas hoje, ora servem de adorno, de tatuagem.
Junto às fadas, as luas, tribais e as estrelas!
Guardam o futuro e lendas. Então é bom telas...
Derlei A.