Jogo Fraudulento

Tenho defendido todos os pênaltis, que a contrariedade

Tem cobrado contra mim, até com alguma serenidade.

O problema é que não sou goleiro.

Minha vocação é para artilheiro!

Não gosto de ficar parado na pequena área, apenas defendendo,

Enquanto o jogo, ali à frente está acontecendo.

Tenho minhas táticas de ataque à mediocridade,

Que podem alterar, consideravelmente, esse placar,

Que, cá entre nós, está de amargar.

Tantos enganos,

Medonhos desenganos...

Essa enxurrada de mentiras,

Em nome de materiais conquistas,

Indiscutivelmente fúteis,

Comprovadamente inúteis,

Que assolam e depredam a humanidade,

Com requintes de crueldade...

Incomoda-me ter que ficar junto às traves,

Mediante tantos entraves.

Quem deveria defender

Desaponta,

Faz gol contra

E põe tudo a perder.

Tanta hipocrisia

Na inimiga artilharia,

Disfarçada de três poderes,

Que são só quereres.

Sinto na pele os desmandos políticos,

Desse momento tão crítico,

Maquiado de progresso,

Mas, que não passa de retrocesso.

As cidades brasileiras desmoronam

Nas mãos de seus representantes,

Absurdamente desonestos e pedantes,

Que as congestionam,

Com suas ambições desmedidas

E suas posturas descabidas.

Juízes e bandeirinhas vendidos.

Gramado depredado...

Torcedores iludidos!

Dirigentes comprados...

Esse é o quadro do campeonato

Vergonhoso e enlameado,

Dessa inacreditável nação,

Que, politicamente, é plena devastação.

P.S. Por Deus, não acreditam nas pesquisas!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 06/06/2010
Reeditado em 07/06/2010
Código do texto: T2302710