PRECE À MUSA
 
 
Por que me abandonas,
Nos mares da poésis,
Com risadas de ironia?
Bem sabes,
Sem tua ajuda,
Submergirá a beleza,
Que emprestas à poesia.
 
Não deixes que me afogue,
Nas águas que tanto amo.
Cede apenas um pedaço
Desse belo provocador,
Pois, mesmo afogado,
Morrerei sem quase dor.
 
Sou um simples pescador,
Que carrega, neste barco,
Alguns versos, pouca rima.
Dê-me, Musa, as palavras,
Termos, idéias adequadas
Ao poeta que te estima.
Direi que são divinas...

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