Ultra Tuo Supparus - Parte V

Todos os meus pensamentos me traem

Meus passos me guiam ao penhasco

Nesta bruma mortal que vejo

Na qual não posso ver a mim mesmo

Onde todos os caminhos chegam ao teu fim

Onde a morte está a minha espera

Para levar-me ao meu calvário

-Quod potui vedi ego?-

Levanto minhas mãos aos céus

Olho para estas nuvens negras

Espero por meu Deus

Para que retorne e me salve da escuridão

Ouço os tramites da conspiração

Planejam minha queda

Este desejo maléfico

Estes caminhos nefastos

Por onde me levas meus pés?

Levanto meus olhos aos céus

Olho para a chuva a cair

Espero pela minha salvação

Para o descanso eterno reservado aos guerreiros

Mas não sei se sou digno de tanto

Se meu tumulo será lembrado

-Quod potui iuditi nobis?-

A quem é conferido o poder de matar?

De aniquilar as almas inocentes?

De massacrar aqueles que querem viver?

Levanto minhas mãos aos céus

Olho para estas nuvens negras

Espero por meu Deus

Para que retorne e me salve da escuridão

Ouço os tramites da conspiração

Planejam minha queda

Estas sendas nos cegam

Estas estradas são enganosas

Onde estão todos que eu confiava?

Estou sozinho novamente

Não posso levantar meu braço

Não posso clamar a liberdade

Estou condenado a viver por de trás deste Véu

Além do seu Véu

A realidade não nos lúcida mais

Os sonhos são meros adereços

A fantasia não nos completa mais

Por que estamos distantes de nós mesmos

Estamos novamente além do Véu

-Ultra tuo Supparus-

Paulo Sousa
Enviado por Paulo Sousa em 02/06/2010
Código do texto: T2295710
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