Ultra Tuo Supparus - Parte V
Todos os meus pensamentos me traem
Meus passos me guiam ao penhasco
Nesta bruma mortal que vejo
Na qual não posso ver a mim mesmo
Onde todos os caminhos chegam ao teu fim
Onde a morte está a minha espera
Para levar-me ao meu calvário
-Quod potui vedi ego?-
Levanto minhas mãos aos céus
Olho para estas nuvens negras
Espero por meu Deus
Para que retorne e me salve da escuridão
Ouço os tramites da conspiração
Planejam minha queda
Este desejo maléfico
Estes caminhos nefastos
Por onde me levas meus pés?
Levanto meus olhos aos céus
Olho para a chuva a cair
Espero pela minha salvação
Para o descanso eterno reservado aos guerreiros
Mas não sei se sou digno de tanto
Se meu tumulo será lembrado
-Quod potui iuditi nobis?-
A quem é conferido o poder de matar?
De aniquilar as almas inocentes?
De massacrar aqueles que querem viver?
Levanto minhas mãos aos céus
Olho para estas nuvens negras
Espero por meu Deus
Para que retorne e me salve da escuridão
Ouço os tramites da conspiração
Planejam minha queda
Estas sendas nos cegam
Estas estradas são enganosas
Onde estão todos que eu confiava?
Estou sozinho novamente
Não posso levantar meu braço
Não posso clamar a liberdade
Estou condenado a viver por de trás deste Véu
Além do seu Véu
A realidade não nos lúcida mais
Os sonhos são meros adereços
A fantasia não nos completa mais
Por que estamos distantes de nós mesmos
Estamos novamente além do Véu
-Ultra tuo Supparus-