Essa tal de esperança
Essa tal de esperança é mesmo irritante.
Irritantemente indolente.
Irritantemente persistente.
Essa tal de esperança é mesmo incansável.
Incansalvelmente batalhadora.
A esperança não perde nenhuma guerra, até porque mesmo ferida, ela nunca morre.
Não a esperança não morre, porque mesmo quando a matam (e como matam) ela ainda consegue ressuscitar em cada amanhecer de uma nova vida, de uma nova existência.
Minha esperança é assim um bicho indolente, perdido em meu peito meio dormente.
Pois, se me perguntam onde mora a esperança, eu digo que ela mora no coração que mesmo com tanta dor, ainda bate: ainda bate na mesma sintonia do vento, no mesmo sabor amargo de uma lágrima e no caminhar ligeiro dessa coisa chamada tempo.