Essa tal de esperança

Essa tal de esperança é mesmo irritante.

Irritantemente indolente.

Irritantemente persistente.

Essa tal de esperança é mesmo incansável.

Incansalvelmente batalhadora.

A esperança não perde nenhuma guerra, até porque mesmo ferida, ela nunca morre.

Não a esperança não morre, porque mesmo quando a matam (e como matam) ela ainda consegue ressuscitar em cada amanhecer de uma nova vida, de uma nova existência.

Minha esperança é assim um bicho indolente, perdido em meu peito meio dormente.

Pois, se me perguntam onde mora a esperança, eu digo que ela mora no coração que mesmo com tanta dor, ainda bate: ainda bate na mesma sintonia do vento, no mesmo sabor amargo de uma lágrima e no caminhar ligeiro dessa coisa chamada tempo.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 31/05/2010
Código do texto: T2291611
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