O Sábio

O Sábio

Ó sábio, sábios, sabedoria!

Quem quer que acabe, nada sabe...

Cabe falar do saber com filosofia...

Dir-se-ia que nem sempre sabe

Discutir se o saber é logos

Mas que é muda a voz dos filólogos...

O poliglota com vozes pluralizadas

Nas armadas palavras dissonantes

Fala e canta com almas envenenadas

Almas fulgentes que morrem com as bacantes

Qual Baco talhou numa “tabula rasa”

Amantes falantes de uma língua crassa.

Os vis que se mostram numa “banca”

Uns sábios, costumeiros a posar de notáveis;

Discordantes e corruptores da palavra franca;

Mestres, doutores, sínicos de senso imutável;

Incapazes de sentir o que o reprovado quer provar,

Reprovam com antolhos para não ter no que olhar.

Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 31/05/2010
Reeditado em 16/11/2010
Código do texto: T2290962
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