O Sábio
O Sábio
Ó sábio, sábios, sabedoria!
Quem quer que acabe, nada sabe...
Cabe falar do saber com filosofia...
Dir-se-ia que nem sempre sabe
Discutir se o saber é logos
Mas que é muda a voz dos filólogos...
O poliglota com vozes pluralizadas
Nas armadas palavras dissonantes
Fala e canta com almas envenenadas
Almas fulgentes que morrem com as bacantes
Qual Baco talhou numa “tabula rasa”
Amantes falantes de uma língua crassa.
Os vis que se mostram numa “banca”
Uns sábios, costumeiros a posar de notáveis;
Discordantes e corruptores da palavra franca;
Mestres, doutores, sínicos de senso imutável;
Incapazes de sentir o que o reprovado quer provar,
Reprovam com antolhos para não ter no que olhar.