CONSTRUÇÃO!
Eu já passei por terremotos e sacrilégios
Já ultrapassei magoas...
E todos malditos sortilégios
Chamaram-me de fracasso
Com a mesma facilidade que me chamaram
De amor!
Fui mendigo e cantor.
Solitário convicto!
Eu vivi já muitas vidas
E por isso, chamaram-me de ator
Beijei a dor como quem beija a borboleta
Sem maldade... Sem culpa. Somente cor
Suave com um beija-flor
Eu já fui o dragão na lua de são Jorge
O último trago
O provérbio de um tal chinês
A erva forte que causa estrago
E por eu ser assim... Tão leve quanto à lenda
É que meu nome é “poesia”