tic-tac
quando você nasce,
o relógio começa a contar
quando ele vai parar
nem ele mesmo sabe
até lá, de todo sal que vier
e todo açúcar ao dispor,
de todo “não” que pintar
e os poucos “sins” que auferir,
de todas as cabeçadas
pra trás, pro lado, pra frente,
de todas as bola na trave,
das que passaram rente,
e até mesmo alguns gols,
o bacana é andar sempre
em equilíbrio, pra que
quando o relógio parar
o medo se sinta acanhado
e a gente o tenha esquecido...