Meio Poema
Meu olhar rasga cada rua
desta metrópole sangrenta
Meu choro molha a Lua
que o céu da tua boca sustenta
Meu olhar chora e lamenta
num sobe e desce vazio
costurando a rua cinzenta
com a linha do meio-fio
Meia-Lua, meia-noite, meia vida
Meia dúzia de traças roendo o mapa
da metrópole na hora da partida
meia-dor, meia-saudade, meio-tapa
Troco o antes pelo agora,
pela tua pele morena
Meio-triste, vou-me embora
Levo meias-verdades, deixo meio-poema...
ErdoBastos
Venha !