Meio Poema



Meu olhar rasga cada rua
desta metrópole sangrenta
Meu choro molha a Lua
que o céu da tua boca sustenta

Meu olhar chora e lamenta
num sobe e desce vazio
costurando a rua cinzenta
com a linha do meio-fio

Meia-Lua, meia-noite, meia vida
Meia dúzia de traças roendo o mapa
da metrópole na hora da partida
meia-dor, meia-saudade, meio-tapa

Troco o antes pelo agora,
pela tua pele morena
Meio-triste, vou-me embora
Levo meias-verdades, deixo meio-poema...


ErdoBastos

 








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ENCONTRODEPOETASEMLONDRINA
Enviado por ENCONTRODEPOETASEMLONDRINA em 20/05/2010
Reeditado em 23/05/2010
Código do texto: T2269224