O HOMEM - O POETA
Um se vê inexpressivo e exclusivo peregrino dessa perdição
Desprovido de agradável feição, já apagado pelo desvalor
É a contribuição incolor para as telas da fascinação
O único visitante do vão de seu mais íntimo dissabor!
O outro é o absoluto êxito de um incidental mito
Um vencedor invicto, uma metáfora colossal
De longe vê inferno astral, pisa o degrau de um céu bonito
Semeia o encanto irrestrito do mel que encontra até no sal!
Já este passa qual ninguém ante o desdém da multidão
Seu mundo sem badalação abriga um palco sem aplausos
Tropeços e percalços são quais pedaços de seu coração
E a tímida luz que lhe alumia o chão é um verão de invernos falsos!
Porém aquele se apropria do que a este não compete
Um cálice de glória e confete, brindando um sonho que a vida não viveu
Mas sobre o tal imaginário apogeu, a inquietação me remete:
Não sei dos tais qual que por mim se mede, mas sei que em ambos moro eu!
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