limite


qual a pista de teu próprio limite
até onde ele vai e o que tuas pernas suportam?
qual o significado de tanta confusão
se você sabe que dar um pulo além do próprio corpo não é assim tão mal?

essa sua serpente é quase do tamanho de minha artéria
e eu sou assim tão volúvel que atravesso paredes
e corto as ondas de ódio lançadas por você
e nesse seu mar de lâminas eu não me afogo tão cedo

acordo de manha cedo com um grito no ouvido
e cuido para o meu sangue não manchar o meu caderno de magias
surreal, incompressível isso é
como alguém que clama por socorro e não sabe por onde começar

pegue todas as suas drogas e esses seus antibióticos e os arremesse janela a fora
você já não precisa mais deles
ilusões são para mim como disco de vinil tocado do lado contrário
me de outra chance
me de outra oportunidade
me espere nascer de novo se assim eu precisar
há truques e apostas demasiadamente fortes
ganhos e trapaças
por isso a vida é como um jogo ás vezes

em um túnel de vórtice
em um caminho tortuoso
em uma esquina quadrada ou um quarto de aluguel
eu faço as minhas obras
você as vê e se orgulha por elas ás vezes

cuide de você
nutra seu corpo com coisas boas
mas não deixe aquele queijo apetitoso mofar
ele é tão saboroso quanto o paladar de sua breve boca...

qual é o seu limite?
qual foi a sua maior tentação até agora?
com que letra mais esquisita você disse “eu te amo”? (já alguma vez?)
não há o que mentir muito menos o que contar
essa historia não ira terminar
e você vivera sempre dentro desse seu limite
sua missão agora é ir acima dele
mas lembre-se que poderá ou não haver alguém junto de você
...ao chão ou ao céu...
...may...

Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 27/08/2006
Código do texto: T226339