SENSATEZ

Porque calma?

Penso, repenso...

Ser sensato não me satisfaz mais.

Sempre medi passos,

Não encontrei equilíbrio,

Nem a mim mesmo...

Ganhei feridas não resolvidas,

Engoli o fracasso,

Não briguei pelo espaço,

Não ganhei o “mundo,

Estava imerso no submundo

Das lembranças almejadas.

Não vivi um intenso segundo.

Deixei tudo o vento varrer...

Nada foi o que restou.

Jamais fui herói ou o fui às avessas.

O tempo está indeciso,

Tudo inquieto,

Discreto...

Algo coroe a calma e

Inquieta a alma.

Só sei que agora é a hora da insensatez.

GABLO
Enviado por GABLO em 17/05/2010
Reeditado em 25/05/2010
Código do texto: T2263288