SENSATEZ
Porque calma?
Penso, repenso...
Ser sensato não me satisfaz mais.
Sempre medi passos,
Não encontrei equilíbrio,
Nem a mim mesmo...
Ganhei feridas não resolvidas,
Engoli o fracasso,
Não briguei pelo espaço,
Não ganhei o “mundo,
Estava imerso no submundo
Das lembranças almejadas.
Não vivi um intenso segundo.
Deixei tudo o vento varrer...
Nada foi o que restou.
Jamais fui herói ou o fui às avessas.
O tempo está indeciso,
Tudo inquieto,
Discreto...
Algo coroe a calma e
Inquieta a alma.
Só sei que agora é a hora da insensatez.