Não suporto mais
Ver a cara da saudade
Espiando-me da varanda,
Tentando a qualquer custo
Beijar a face do vento.

De um tempo... Completamente louco
Que  tu  achavas  que era pouco
Mas  continha  a eternidade ... 
E  lhe  saciava.
 
Já me é inútil fugir
Da lembrança do inesperado
Que escancara as janelas
Da alma insosa  
De desvalidos 
Corações impuros. 
 
Fecho  então os olhos
Abraço e beijo
A tua ausência impoluta
E adormeço.

Mas a saudade continua lá...

Acordada no meu sono
E
Sorrateiramente
Nua.
Espiando-me da janela da varanda
Como a lua.