as vezes é estranho amar...

Entranhas magníficas de lava e torpor.

Arregaça o colo, o choro, os olhos...

Desejos percorridos entre penhascos, no espaço,

e num planeta sem gravidade saio a voar entre estrelas!

Pele de anfíbio escorregadia e viscosa seco-te no fogo de meus dedos,

desidrato o compasso austero e odeio o que me é amado!

Estupro as costelas sinuosas cravando-te na nuca

uma maldita mordida vampírica com dentes de marfim

e lágrimas de sangue escorrem de sua face.

Numa ébria cavalgada roubo-te o coração!

No magnífico esplendor de sua ausência encaro a torre gélida construída por estúpidos desejos e

odiando-te por tudo, amo-te por nada...

Sadie
Enviado por Sadie em 25/08/2006
Código do texto: T225188