as vezes é estranho amar...
Entranhas magníficas de lava e torpor.
Arregaça o colo, o choro, os olhos...
Desejos percorridos entre penhascos, no espaço,
e num planeta sem gravidade saio a voar entre estrelas!
Pele de anfíbio escorregadia e viscosa seco-te no fogo de meus dedos,
desidrato o compasso austero e odeio o que me é amado!
Estupro as costelas sinuosas cravando-te na nuca
uma maldita mordida vampírica com dentes de marfim
e lágrimas de sangue escorrem de sua face.
Numa ébria cavalgada roubo-te o coração!
No magnífico esplendor de sua ausência encaro a torre gélida construída por estúpidos desejos e
odiando-te por tudo, amo-te por nada...