Estou certo,
Decerto, não estou bem certo
Desse desconcerto sem nexo,
Desconforto...
Desse amor à distância,
Deserto...
Desse desespero presente,
Tão perto...
Desse silêncio que me pega absorto
Desse poema entranhado,
Inquieto...
Desse olhar que atravessa coisas
Dessas coisas atravessando olhares
Não estou, nunca estou bem certo
Decerto há algo nessa incerteza
Como uma verdade enigmática

Eu me sento e escrevo essas tolices
Ando imaginando essas belezas
E vou cantando essas tristezas
Não, poeta! Não há remédio
Eu escrevo para esquecer...
(E esqueço para viver...)
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 08/05/2010
Reeditado em 08/08/2021
Código do texto: T2244570
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