Circunstanciado.

Entre metonímias e paradoxos,

Trabalhei para fazer do ócio

O óbvio momento de um prazer.

Porque escasso é o prisma,

Que me decompõe em anversos.

Só por um capricho do viver.

Viver o regalo da intensidade.

Para quando, no regresso da saudade.

A recordação pretender de fato,

Prender-se ao brilho do presente,

E ao circunspeto aspecto do porvir.

Porque circunstância é o regaço.

Porque a morada da incerteza,

Sempre será o amanhã.

Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 24/08/2006
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