A Morte
Um dia, como brinquedo descartado,
Somos engavetados nas lembranças,
Deixamos de existir num instante,
No outro somos, viramos apenas, pó.
Um dia seremos guardados em gavetas,
Jogados ao fogo e nele queimaremos
Ou seremos soterrados com nossa história,
A nossa existência finda, finita, efêmera.
Como um brinquedo velho, feio e sujo,
Largado no fundo do baú de uma criança,
Temos nossas vidas descartadas sem dó,
Viramos dor e depois saudade, recordação.
É quando deixamos de respirar a vida,
Quando nos cegamos por completo,
Perdemos completamente nossa voz,
Parece que encontramos o fim da linha.