A Morte

Um dia, como brinquedo descartado,

Somos engavetados nas lembranças,

Deixamos de existir num instante,

No outro somos, viramos apenas, pó.

Um dia seremos guardados em gavetas,

Jogados ao fogo e nele queimaremos

Ou seremos soterrados com nossa história,

A nossa existência finda, finita, efêmera.

Como um brinquedo velho, feio e sujo,

Largado no fundo do baú de uma criança,

Temos nossas vidas descartadas sem dó,

Viramos dor e depois saudade, recordação.

É quando deixamos de respirar a vida,

Quando nos cegamos por completo,

Perdemos completamente nossa voz,

Parece que encontramos o fim da linha.

SHEL AHMAD
Enviado por SHEL AHMAD em 02/05/2010
Reeditado em 02/05/2010
Código do texto: T2233499
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