Resta-me o verso vivo,
desarmado e preciso,
entre o elo e o voo.

Resta-me o livre canto
e o grande espanto
das tarde silenciosas,
onde há tantos temas
para se fazer poemas
e também para se florir.


Resta-me o que eu sou
sob o infindo infinito
a tecer meu escrito
:
uma âncora lavrada,
toda plena de palavras
que, em claras águas,
prende-se à fragata
percorrendo mares,
de azul e prata,
em busca do porto
que ainda há de vir.


Silvia Regina Costa Lima
1 de maio de 2010


SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 02/05/2010
Reeditado em 28/02/2019
Código do texto: T2232670
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