Todas as coisas têm nome
Todo nome tem um semblante
E todo semblante sua tristeza
Toda tristeza tudo consome
O que foi consumido era fascinante
E nesse fascínio tinha tanta beleza

Toda beleza se consome
Até perder seu semblante
Até a beleza tem sua tristeza
Mas consumida não tem nome
Deixa de ser tão fascinante
Para ser tão somente beleza

E na Poesia essa sede e essa fome
São parte de um desejo angustiante
Na angústia pode haver delicadeza
Que é sutil, absurda e informe
Que só tem forma num ínfimo instante
Que é eterno e de uma rara beleza
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 02/05/2010
Reeditado em 08/08/2021
Código do texto: T2231926
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