JULGA-ME TU?
Julga-me pelo que digo,
Mas desconheces meu coração.
Julga-me pelo que escrevo
Mas ignoras o que vai em minha alma.
Exponho o que desejo
O que sei, o que conheço
Mas no oceano que sou
Nada se vê além da cálida superfície.
Não me julgues pelo que digo,
Pois desconheces meu coração.
Não me julgues pelo que escrevo
Pois ignoras o que se passa em mim.
Recorda que sob a justificativa de auxílio
Alimentamos críticas por vezes infundadas.
Temes por mim?
Temo também...
Teus temores falam de uma alma que erra
Os meus expressam uma que luta.
Todos estamos em permanente risco.
Os aspectos morais que nos testam são tantos!
Quanto a mim, não caminho só.
Se tropeçar, não cairei.
Se cair, levantarei.
Porque aquele que carrega o Cristo em si
Não estagna na vida, a lamuriar.