conduta
do que escrevo me rio,
do que não escrevo eu choro
se às vezes sinto fastio,
às vezes quase me adoro
nunca ninguém eu copio
tem coisas que eu deploro
não me apetece o desvio
no que escrevo me escoro
mesmo que soe vazio
ou que pareça inodoro
melhor não ter o navio
se ele já tem comodoro
o que eu mais aprecio
é o que eu menos imploro
Rio, 30/04/2010