Ensaios
Às vezes eu sou essa, assim
Tão estranha, inerte, voraz
Que passa na rua e vê
Aquilo que não quer ser visto
Por vezes, tão imprecisa, sagaz
Cometo alegrias tão vagas
Um ensaio de frugalidade
Às vezes sou uma outra
Controversa, antiga, inibida
Louca de sonhos claros,
Raros, escondidos em
Não sei que tempo
Em que momento
Da saudade
Um misto entre o tudo e o nada
Um ensaio de felicidade.
E às vezes ainda sou outra
Densa, torpe, sem experiência
Que segue pelo que crê
Sentindo o que não se vê
... Meras reticências
Ensaios para o que não sabe