Ensaios



Às vezes eu sou essa, assim
Tão estranha, inerte, voraz
Que passa na rua e vê
Aquilo que  não quer ser visto
Por vezes, tão imprecisa, sagaz
Cometo alegrias tão vagas
 

Um ensaio de frugalidade
 

Às vezes sou uma outra
Controversa, antiga, inibida
Louca de sonhos claros,
Raros, escondidos em
Não sei que tempo
Em que momento
Da saudade
Um misto entre o tudo e o nada
 

Um ensaio de felicidade.
 

E às vezes ainda sou outra
Densa, torpe, sem experiência
Que segue pelo que crê
Sentindo o que não se vê
...  Meras reticências


Ensaios para o que não sabe
 

          







AndreaCristina Lopes
Enviado por AndreaCristina Lopes em 24/04/2010
Reeditado em 14/12/2010
Código do texto: T2217610
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