É o momento

No momento que a terra escurece

E as nuvens pesadas cobrem o céu

Simples corpos e mãos são passageiros

Mentes alienadas ou não

Unem-se e se reconhecem no mundo inteiro

É o momento de despir o véu da ignorância

Lágrimas e gritos se misturam

Na dureza incrédula do coração humano

Nesse universo somos pequeninos

Pequeninos que querem se tornar gigantes

Ganhar o espaço e conhecer planetas

Reféns de uma doença chamada soberba

Chuva grossa e incessante

Ondas do mar que sobem ao céu

Mares e rios a transbordarem

Vulcões e furacões que avançam pelos ares

Tremores surdos a balançarem o chão

Tudo na ânsia de encerrar um círculo

O círculo vicioso da degradação

Feito por humanos que querem conquistar o espaço

Que se esquecem de conquistar a terra que os tornaram homens