EMBATE
Deixo cair o tempo
como doce cachoeira
retendo cada gota
cada segundo
sobre a pele
tatuando rugas
branqueando os pelos
gozando a dor
de existir
Não sou sempre eu mesmo
sempre um talvez
certeza migratória
embate que aprisiona
limite da carne
Beijo os céus que passam
acima da minha cabeça
mutáveis pela eternidade
peço temente....
" Levem-me por amor
lavem-me as feridas
livra-me da carne
sou do ar
sou do fogo
sou do mar
para terra irei
serei infinito
como os Céus..."
By Cyrrano